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Evaristo de Sousa Gago

 

Evaristo de Sousa Gago nasceu a 26 de Junho de 1908, em S. Brás de Alportel.
Frequentou a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra durante dois anos, tendo concluído o curso em Lisboa. No início dos anos 30, fixou residência em Grândola, onde se casou e passou a exercer medicina. Pessoa extremamente devotada à sua profissão, assumiu-a com verdadeiro espírito de missão, facto que lhe granjeou um enorme respeito e admiração por parte da população do concelho.
Defensor intransigente dos ideais da liberdade e democracia, sempre se opôs ao regime fascista então vigente. Tomou parte activa nos principais movimentos contra o regime tendo sido mandatário, em Grândola, da candidatura à Presidência da República do General Delgado. Aos 50 anos, o povo de Grândola prestou-lhe uma homenagem pública de reconhecimento pela sua dedicação e empenhamento. Faleceu a 17 de Outubro de 1975, sendo reconhecido por todos como uma figura marcante da História do concelho de Grândola.

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António Inácio da Cruz

 

Nascimento: 1876 , Grândola Falecimento: 3 de Abril de 1955, Grândola Actividade: Ensaísta

  António Inácio da Cruz nasceu em Grândola, em 1876. Era filho de Francisco António da Cruz e de Maria Inácia Pereira, ambos naturais da Abela. A fortuna dos seus ascendentes foi repartida por ele e pela irmã, Ana Luísa da Costa Cruz, que deixou todos os bens à Santa Casa da Misericórdia de Grândola. Ao longo da sua vida, António Inácio da Cruz conservou e aumentou o seu já grandioso património. Apesar de nunca ter estudado, foi investigador, inventor, ensaísta, filósofo, etnólogo, músico e astrónomo. Produziu ensaios sobre astronomia, química, e ciências sociais. Dedicou-se também aos inventos e à arqueologia.

Foi um homem reservado e com poucos amigos, mas sempre pronto a ajudar os necessitados. Todos os meses contribuía para a sopa dos pobres e aos sábados dava esmola à porta de casa, a todos os que fossem lá pedir. Por volta de 1936, na altura de uma grave crise de trabalho devido a chuvas intensas, dava dez escudos a todos os homens que estavam sem trabalho.

Como não tinha descendentes, legou o seu património ao concelho. Em testamento ficou expressa a sua intenção de ser criada uma fundação com o seu nome, que administraria os bens legados. No entanto, não se esqueceu daqueles que sempre o serviram e dos amigos, pois por todos repartiu algum dinheiro e tudo o que estava dentro da casa onde vivia, bem como alguns bens imobiliários. Os lucros obtidos pela fundação através da exploração do património reverteriam para as obras da instituição: auxílio a estudantes necessitados de Grândola que se distinguissem pelas melhores notas e também para a construção e manutenção de uma escola de ensino técnico-agrícola ou industrial.

A fundação teria como administrador uma junta directiva, que seria constituída por um representante da autarquia, dois professores do ensino oficial e dois agricultores do concelho. A Fundação António Inácio da Cruz foi criada em 1958, sendo o seu primeiro presidente José Machado, na altura presidente da autarquia. Durante os anos seguintes, foram dados apoios a alunos necessitados do concelho e em 1964 foi inaugurada a Escola Secundária António Inácio da Cruz, totalmente custeada e gerida com o dinheiro da Fundação.

A quantidade de bens legados – dinheiro, acções em muitas empresas, várias moradias e herdades – pelo benemérito foi enorme, tendo ficado todos ao serviço da população estudantil do concelho de Grândola. Em 1977, a Fundação foi extinta pelo governo. António Inácio da Cruz faleceu vítima de leucemia, a 3 de Abril de 1955, com 78 anos. Está sepultado no cemitério de Grândola. Com o seu nome existe em Grândola uma escola e uma avenida. No Jardim 1º de Maio, encontra-se um busto em sua homenagem.

António Jacinto Vital

 

Nascimento: 1888 , Grândola Falecimento: 1969, Grândola Actividade: Músico

  António Jacinto Vital nasceu em 1888, em Grândola, e sempre residiu nesta vila. O maestro Francisco Eduardo Douwens, que na primeira década do séc. XX regia a banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, foi quem deu as primeiras aulas de música a António Vital. Notou logo no aluno uma vocação especial para a música, tendo ajudado o jovem a ingressar no Conservatório de Música de Lisboa, onde tirou o curso profissional. Na altura era professor no conservatório outro grandolense, Teófilo Saguer.

Depois de terminar o curso, António Vital regeu as únicas duas bandas de Grândola: a banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e a banda do Sport Club Grandolense, já extinta. Paralelamente à actividade musical, também exerceu a actividade de operário/carpinteiro. Faleceu em 1969, com 81 anos.

Jorge de Vasconcelos Nunes

 Nascimento: 16 de Julho de 1878 , Grândola Falecimento: 15 de Março de 1936, Lisboa Actividade: Político

  Jorge de Vasconcelos Nunes, filho de Jacinto Nunes, nasceu em Grândola, a 16 de Julho de 1878, e faleceu em Lisboa, a 15 de Março de 1936. Formou-se pela Escola Nacional de Agricultura, em 1900. Após a proclamação da República, foi eleito deputado às Constituintes, ingressando na União Republicana, ao lado do seu cunhado, Brito Camacho. Foi ministro do Governo chefiado por José Relva; desempenhou ainda o cargo de ministro do Comércio e, depois, da Agricultura, do Governo presidido por Domingos Pereira.

Colaborou em vários jornais de que são exemplos O País, O Mundo e A Lanterna. Graças aos seus esforços, juntamente com os do seu pai, conseguiu trazer o caminho-de-ferro para Grândola. Na toponímia grandolense, o seu nome foi dado à mais extensa avenida da vila, que vai da Praça da República até à estação ferroviária.

José Jacinto Nunes

 

Nascimento: 25 de Outubro de 1839 , Pedrogão Grande Falecimento: 9 de Novembro de 1931, Grândola Actividade: Presidente da Câmara Municipal de Grândola

  José Jacinto Nunes nasceu em Pedrógão Grande, a 25 de Outubro de 1839. Faleceu em Grândola, a 9 de Novembro de 1931. Foi aluno do Seminário de Coimbra, tendo-o abandonado para se inscrever na Faculdade de Direito, onde tirou o seu curso. Numa geração que viveu sob a influência das ideias da Revolução Francesa de 1789, Jacinto Nunes revelou-se um entusiasta pelos ideais democráticos. Terminado o curso em 1865, exerceu a advocacia na sua terra natal durante algum tempo. Em 1866 foi nomeado administrador do concelho de Grândola. Desempenhou a presidência das câmaras municipais de Torres Vedras e Abrantes.

A partir de 1870 exerceu, quase ininterruptamente, a presidência da Câmara Municipal de Grândola. Casou em 7 de Julho de 1869, na igreja de Santa Margarida da Serra, com Maria da Natividade Pais de Vasconcellos, data a partir da qual se afeiçoou de tal forma a esta terra que apenas se deslocava a Lisboa para o desempenho da sua actividade parlamentar e apenas durante o período de férias. Fez parte do Directório do Partido Republicano, tendo sido vítima de perseguições e preso por duas vezes. Embora candidato em 1870, apenas foi eleito deputado em 1893, pelo círculo de Lisboa, tendo sido um dos primeiros deputados republicanos a entrar no Parlamento. Eleito várias vezes deputado, foi seguidamente eleito senador. Tomou parte nas Constituintes, mas nunca quis ser ministro nem nunca foi condecorado. Foi autor do projecto de amnistia contribuindo, assim, para a conciliação dos portugueses.

Teve três parlamentares na família: os genros Brito Camacho, que também foi ministro e chefe do Partido Unionista, e Mário Infante de Lacerda, bem como o seu filho Jorge Nunes, inúmeras vezes eleito deputado e ministro de várias pastas. Jacinto Nunes exerceu sempre a advocacia em Grândola sem nunca ter cobrado honorários a qualquer cliente. Para Grândola conseguiu trazer o caminho-de-ferro, com o apoio do filho Jorge Nunes, a quem foi dado o nome da maior avenida da vila e que vai da Praça da República até à estação ferroviária. Conseguiu ainda a criação da Comarca e que os terrenos onde hoje se situa o complexo turístico de Tróia fossem incluídos no concelho.

Colaborou activamente nos jornais O Século, para cuja fundação contribuiu, e A Luta, entre outros da época. Publicou várias obras, entre as quais Reivindicações Democráticas, Descentralização de Lisboa e Projecto do Código Administrativo. O seu nome foi dado à praça em frente ao cemitério do Alto de S. João, em Lisboa, o qual foi posteriormente substituído pelo de Paiva Couceiro, sendo o seu nome, por conseguinte, atribuído a uma rua próxima. Na Praça da República, em Grândola, existe uma estátua de Jacinto Nunes, de autoria de mestre Euclides Vaz. A casa onde habitou em Grândola foi, após a sua morte, adquirida pela autarquia, sendo aí instalados os Paços do Concelho, o que se verifica ainda hoje.

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Luís André Rodrigues

 

Nascimento: 28 de Janeiro de 1881 , Grândola Falecimento: 1964, Grândola Actividade: Armazenista e industrial

  Luís Rodrigues nasceu em Grândola, a 28 de Janeiro de 1881. Destacou-se como conceituado armazenista e industrial, tendo contribuído bastante para o desenvolvimento do comércio no concelho. Foi vereador da Câmara Municipal de Grândola durante a presidência de José Jacinto Nunes (de 1924 a 1926); voltou a ser vereador de 1934 a 1936, quando Joaquim Correia Mendes Pereira presidiu a autarquia.

Luís Rodrigues pertenceu, ao longo de muitos anos, à direcção da Santa Casa da Misericórdia de Grândola. Foi distinguido com o galardão de Sócio Benemérito da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, sendo também distinguido pela Associação dos Bombeiros Voluntários de Grândola. Faleceu em 1964 com 83 anos.

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